Diário TDAH: Vivendo e aprendendo com TDAH
Relatos diários, dicas e truques para melhorar sua qualidade de vida com TDAH.
4.8 de 5 estrelas
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Sobre o criador
No Diário TDAH, compartilho minhas experiências e dicas para viver melhor com TDAH, ajudando você a entender e gerenciar sua condição e assim ter uma melhora em sua qualidade de vida. Também posso te ajudar com sua jornada para conseguir seu laudo e consequentemente sua medicação.


Minha Jornada
Aos 8 anos, minha professora da primeira série percebeu que havia algo diferente em mim. Eu era o único da sala que não conseguia terminar as lições passadas no quadro ou, quando terminava, já era tarde — sempre depois de todo mundo. Ela sugeriu à minha mãe que me levasse a um psicólogo, pois acreditava que havia algo de “errado” comigo.
Ela notava que eu parava de copiar a lição ao menor sinal de distração — podia ser uma mosca voando, um barulho na rua ou no pátio. Eu me lembro bem: às vezes, largava a tarefa para contar quantos quadradinhos havia no teto, quantas janelas tinha na sala ou quais desenhos estavam rabiscados nas carteiras. Também passava minutos desenhando na borracha, na mesa ou em qualquer superfície disponível. A lição sempre ficava para depois.
Ao notar isso, minha mãe me levou ao psicólogo. Ele disse:
— “Mãe, seu filho é normal, só é um pouco desatento devido à hiperatividade. Coloque-o para fazer alguma atividade física que isso vai ajudar.”
De fato, ajudou um pouco. Minha mãe me colocou numa escolinha de futebol, mas o problema não desapareceu. Afinal, estávamos nos anos 90 — não se falava em TDAH.
O jogo só mudou de verdade na vida adulta, quando comecei a tratar de forma medicamentosa e com terapias. Mas isso é assunto para os próximos capítulos, onde vou contar exatamente como e o que fiz para chegar até aqui.
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Perguntas Frequentes
O que é TDAH?
📜 Primeiros relatos (século XVIII e XIX)
Em 1798, o médico escocês Sir Alexander Crichton descreveu em um livro casos de pessoas que apresentavam “incapacidade de manter a atenção” por muito tempo. Embora ele não usasse o termo TDAH, suas descrições se parecem bastante com o que conhecemos hoje.
👨⚕️ Primeira descrição médica clara
Em 1902, o pediatra britânico George Still publicou uma série de palestras descrevendo crianças com dificuldades de atenção, impulsividade e comportamento agitado, que não se explicavam apenas por má educação. Ele é considerado o “pai” da primeira descrição formal do TDAH.
🧠 Décadas seguintes e evolução do conceito
Entre 1920 e 1960, pesquisadores associavam esses sintomas a problemas neurológicos, chamando de “lesão cerebral mínima” ou “síndrome hipercinética”.
Na década de 1980, o termo TDAH começou a ser utilizado oficialmente nos manuais médicos, como o DSM-III (Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais).
🔬 Pesquisa moderna
Hoje se sabe que o TDAH tem forte base genética e envolve alterações na atividade de neurotransmissores como dopamina e noradrenalina.
Os estudos mais recentes vêm da neurociência, mostrando que o cérebro de quem tem TDAH processa atenção, motivação e controle de impulsos de forma diferente.
Como você recebeu seu diagnóstico?
Recebi meu diagnóstico após avaliações médicas com encaminhamento para um teste neuropsicológico aplicado com uma psicóloga, que através de uma série de testes confirmou a presença do TDAH.
Quais medicações você usa?
Atualmente faço uso de Ritalina de 10mg, que me auxiliam a controlar os sintomas do TDAH, sempre acompanhadas por um profissional de saúde (Psiquiatra).
Como melhorar a qualidade de vida?
Praticar atividades físicas, manter uma rotina e usar técnicas de organização, são algumas das dicas valiosas que me ajudam até hoje. E claro, com auxilio medicamentoso.
Onde encontro mais dicas?
Você pode encontrar mais dicas em nosso blog, onde compartilho experiências e estratégias úteis.
Como posso compartilhar minha história?
Você pode entrar em contato através do nosso formulário de contato e enviar sua história ou dúvida para consideração.
